O Plano de Eficiência e de Produção de Energia (PEPE) do Grupo AdP - Águas de Portugal para o período de 2017-2019 foi hoje apresentado na sede do Grupo, em Lisboa, numa sessão com a presença do Ministro do Ambiente, João Matos Fernandes.

Com a execução deste plano, até 2020, o Grupo AdP prevê aumentar em 25,6 GWh a produção própria de energia elétrica, duplicando os valores atuais. Parte significativa desta produção destina-se a ser consumida nas próprias instalações, nomeadamente em Estações de Tratamento de Águas Residuais (ETAR), que estão entre as principais consumidoras de eletricidade do Grupo, permitindo reduzir a fatura energética do Grupo. 

Reduzir consumos e ajustar os respetivos horários e melhorar as condições de aquisição de energia são os outros dois objetivos do PEPE, que visa melhorar o desempenho energético do Grupo AdP, cujo consumo anual elétrico ronda os 704 GWh, 1,4% do total nacional, estando entre os cinco maiores consumidores empresariais de eletricidade do País.

Em 2016, a fatura energética do Grupo representou 57% dos seus custos operacionais, o equivalente a cerca de 68 milhões de euros que, através das várias medidas do PEPE, poderão ser reduzidos em mais de 5 milhões de euros por ano, também com impacto na redução das emissões para a atmosfera em cerca de 27.000 toneladas de CO2.

Para aumentar a produção própria de energia, o Grupo AdP vai maximizar o aproveitamento energético do biogás proveniente da digestão das lamas do tratamento das águas residuais, e o aproveitamento da energia hídrica. No PEPE, o aumento da produção elétrica com base no aproveitamento do biogás e da energia hídrica, deverá atingir cerca de 10GWh. O aproveitamento do biogás é já hoje uma realidade em 25 ETAR geridas por empresas do Grupo que, no seu conjunto, produzem 21GWh, das quais 16 para autoconsumo.

Com o mesmo objetivo, o Grupo AdP vai também reforçar o investimento em energia solar, estando em curso um estudo sobre o potencial de aproveitamento da exposição solar das suas infraestruturas de norte a sul do País. Atualmente o Grupo possui mais de 300 centrais fotovoltaicas, o equivalente a uma produção de 3,4 GWh, sendo expectável que possa ser reforçada em cerca de 15 GWh.

A implementação do PEPE envolve cerca de 300 colaboradores das várias empresas do Grupo, com uma participação decisiva da área operacional, abrangendo um total de 334 infraestruturas. 

O PEPE integra mais de 600 medidas a implementar até 2020, que para além das já referidas abrangem áreas tão diversas como a introdução na frota do Grupo de veículos elétricos e a instalação de pontos de carregamento ou a constituição de uma bolsa interna de auditores energéticos certificados.

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