No primeiro dia, complementou o programa do encontro “ÁGUA: o desafio do Século”, os painéis foram dedicados à discussão dos grandes desafios societais que o setor da água e saneamento enfrentarão nos próximos 30 anos. 

Qual será o impacte da inteligência artificial na sociedade e nas organizações? Que desafios e oportunidades colocará ao setor da água e saneamento num futuro que está cada vez mais próximo? Este foi o mote da primeira sessão, em que o António Câmara, Professor Catedrático da FCT/Universidade Nova de Lisboa, desafiou a audiência a viajar até 2054 para explorar a forma como a relação entre homem, máquinas e natureza vai revolucionar o setor. A mesa-redonda que seguiu a sua intervenção, moderada por Jose Sardinha, Vice-Presidente da Águas de Portugal, em que participaram António Borges, Presidente da Águas do Douro e Paiva, José Machado do Vale, Presidente da Águas do Norte, e Nuno Brôco, Presidente da Águas do Tejo Atlântico, debateram a transformação digital em curso e futura nas suas empresas.

No segundo painel, o tema em discussão foram as alterações climáticas, preocupação global com elevado impacto no setor da água. Pedro Matos Soares, coordenador do Roteiro Nacional para a Adaptação 2100, apresentou as projeções para o futuro do clima em Portugal e o seu impacto nas massas de água. Alexandra Serra, Administradora da Águas de Portugal, moderou a mesa-redonda sobre o tema, em que participaram Antonio Eusébio, Presidente da Águas do Algarve, Joana Felício, Presidente da Simdouro, e Martins Soares, presidente da AdP ENERGIAS.

As transformações em curso no sistema internacional têm impacto na cooperação para a sustentabilidade. Este foi o tema da comunicação de José Félix Ribeiro, economista e investigador do IPR/ Universidade Nova de Lisboa, no painel que foi dedicado aos desafios geoestratégicos globais, o qual integrou ainda um debate entre Alexandre Tavares, Presidente da Águas do Centro Litoral, Carla Correia, Presidente da AdP Internacional, Francisco Narciso, Presidente da Simarsul, e Marcos Sá, Presidente da Águas de Santo André, com moderação de Catarina Oliveira, Administradora da Águas de Portugal.

A última sessão do dia foi dedicada à discussão das novas exigências decorrentes da evolução demográfica em Portugal para o setor da água, num futuro próximo. Teresa Rodrigues, Professora Catedrática da FCSH/Universidade Nova de Lisboa, fez um retrato demográfico do país, apresentou projeções futuras e destacou a relevância de reforçar o bem-estar, equidade económica e social e o desenvolvimento interno. 

Pedro Vaz, Administrador da Águas de Portugal, moderou o debate sobre a forma como as empresas do Grupo encaram este desafio, com participação de Carlos Martins, Presidente da EPAL e da AdVT, Simone Pio, Presidente da Águas Públicas do Alentejo, e Fernando Vasconcelos, Presidente da Águas da Região de Aveiro e da Águas do Alto Minho.

O programa do segundo dia das jornadas, exclusivo para trabalhadores do Grupo Águas de Portugal, integrou diversas sessões técnicas para apresentação de projetos das empresas do Grupo em seis áreas estratégicas: qualidade da água e da água para reutilização; capital humano; gestão da contratação; gestão integrada de recursos; digitalização; e eficiência na gestão de ativos.

As Jornadas de Engenharia do Grupo Águas de Portugal, que já vão na sua 14ª edição, são momentos de partilha de conhecimento e de experiência, de networking e de divulgação de novos projetos.