O projeto Flo(RES)ta – Floresta resiliente e circular é uma iniciativa conjunta de empresas de referência dos setores do ciclo urbano da água e agroflorestal e traduz uma abordagem sinérgica que promove um conjunto de ações, tendo em vista o combate às alterações climáticas, contribuindo simultaneamente para sua mitigação e adaptação, assim como para o combate à desertificação do território, realizando uma operação de reflorestação com espécies autóctones e aplicação de matérias fertilizantes obtidas a partir de lamas de ETAR e de biomateriais resultantes da limpeza da floresta.

Resulta de uma candidatura ao COMPETE 2020 com o objetivo do “Apoio à Transição Climática – Intervenções de resiliência dos territórios face ao risco/combate à desertificação através da rearborização e de ações que promovam o aumento da fixação de carbono e de nutrientes no solo”, enquadrado no Eixo VII – REACT-EU FEDER do Programa Operacional Competitividade e Internacionalização (POCI-07-62G4-FEDER-181674). O consórcio do projeto é constituído pela AdP VALOR (coordenação), pela Águas do Vale do Tejo e pela Florestgal.

Serão reflorestados dois lotes de terreno, denominados, Cagavaio (cerca de 44,7ha) e Monte Pinares (cerca de 84,1ha), localizados no distrito de Castelo Branco, sendo que à data se encontra presente uma cultura arbórea alóctone, nomeadamente o Eucalipto, que será substituída por Pinheiro Manso, Azinheira e Sobreiro no âmbito deste projeto.

Com vista a esse propósito, os solos serão preparados mediante a incorporação de matérias fertilizantes produzidas a partir de biomateriais, resultantes por um lado do processo de tratamento de águas residuais e por outro do próprio processo de preparação dos terrenos, nomeadamente através do aproveitamento da estilha dos cepos removidos numa lógica de circularidade.

Objetivos
O projeto visa potenciar a relação simbiótica entre os setores agroflorestal e do ciclo urbano da água, nos diversos fluxos bidirecionais, para reforço da resiliência dos territórios face ao risco e a proteção e reabilitação dos solos e ecossistemas degradados em áreas suscetíveis à desertificação, através de:
  • Rearborização de uma área de cerca de 128 ha localizada em zona suscetível à desertificação, utilizando espécies autóctones (sobreiro, azinheira e pinheiro manso);
  • Utilização de Matérias fertilizantes produzidas a partir de Biomateriais provenientes do setor urbano da água e do setor agroflorestal como corretivo orgânico e fonte de nutrientes para o solo e árvores;
  • Promoção e avaliação da sua aplicação nas áreas a rearborizar, com vista ao reforço das características do solo e avaliação do impacto na sobrevivência das espécies;
  • Avaliação da pegada de carbono do projeto;
  • Desenvolvimento de uma ferramenta informática SMART Market para a gestão integrada de fluxos de biomateriais e apoio à tomada de decisão, que procura integrar os princípios da Bioeconomia.

Orçamento global: 999 662,20 EUR (financiado a 100%)
Data de arranque: Novembro de 2022
Duração do projeto: 14 meses

Financiado por:
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