ETAR da Guia é 100% autossuficiente em energia


A ETAR da Guia é a primeira em Portugal a atingir autossuficiência em energia, sendo uma das poucas no mundo com este nível de sustentabilidade ambiental.

A ETAR da Guia, uma das maiores infraestruturas de tratamento de águas residuais do Grupo Águas de Portugal e do País, produz nas suas instalações energia suficiente para as suas necessidades, sendo a primeira ETAR em Portugal, e uma das poucas do mundo, a atingir este nível de sustentabilidade ambiental.

A infraestrutura foi alvo de um projeto piloto, envolvendo técnicos de várias áreas do Grupo, de otimização do processo de cogeração que permite produzir energia elétrica a partir do aproveitamento do poder calorífico do biogás resultante da digestão anaeróbia das lamas resultantes do tratamento das águas residuais.

Desta forma, a ETAR passou de consumidora intensiva de energia externa para autossuficiente em energia, o que permitirá poupar já em 2017 cerca de um milhão de euros e evitar a emissão de seis mil toneladas de CO2 para a atmosfera.

“É um bom exemplo, absolutamente invejável a nível nacional e internacional, de como a cimentação e conjugação de competências de várias áreas da empesas podem ser colocadas ao serviço do Grupo Águas de Portugal e do ambiente em Portugal”, destacou Carlos Martins, Secretário de Estado do Ambiente, na sessão de apresentação realizada esta quarta-feira, dia 25 de janeiro.

João Nuno Mendes, Presidente da Águas de Portugal, confirmou que a eficiência energética é uma das orientações estratégicas do Grupo. “O Grupo AdP é responsável por cerca de 1,4% do consumo nacional de energia elétrica, sendo 1/3 correspondente às atividades de tratamento de águas residuais de que é exemplo esta ETAR. Nesse sentido, a gestão energética é claramente um desafio para o Grupo, que se encontra neste momento a desenhar um Plano de Eficiência e Produção de Energia por uma equipa constituída por cerca de 40 técnicos de várias áreas e empresas do Grupo”.

Neste contexto, “encontra-se a decorrer um estudo exaustivo, envolvendo mais de mil infraestrutura, tendo em vista calcular o potencial de produção de energia para autoconsumo, o que nos permitirá melhorar os níveis de autossuficiência energética das nossas empresa e consequentemente redução da fatura energética”, acrescentou João Nuno Mendes.

José Sardinha, Presidente da EPAL e anfitrião da iniciativa, realçou o caráter “inovador, disruptivo e criador de riqueza deste projeto para o Grupo, para o País e para o ambiente”, tendo destacado também como ponto forte deste projeto “o recurso exclusivo a competências internas dos técnicos das mais diversas áreas”.


Publicado a: 26 de Janeiro de 2017